quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VALE A PENA LER DE NOVO - PARTE I

Sacam nostalgia? Pois é. Ela baixou nessa alma semi-oriental e me fez recorrer aos arquivos de alguns blogs. Mas um em especial me chamou a atenção: o Blog do Roberto Moraes. E é em cima dele que vamos dar início ao nosso trabalho. Mãos à obra!

O Blog do Roberto Moraes foi criado em agosto de 2004. Neste mês - e nos meses subsequentes -, muitas postagens para quase ou nenhum comentário de leitores.

2004 foi ano de eleição, lembram? Em outubro daquele ano aconteceu o segundo turno entre Carlos Alberto Campista e Geraldo Pudim. Matem as saudades lendo algumas das postagens feitas pelo professor durante o mês de outubro de 2004, abordando diversos assuntos.


SOBRE AS ELEIÇÕES 2004:

"Nova apreensão de kits escolares

Hoje a justiça eleitoral apreendeu novos kits do estado na Escola Estadual Paulo Mendonça em Ibitioca. Os kits foram apreendidos após denúncia anônima. Eles estavam numa casa próxima a escola que está sendo reformada e supostamente seria distribuída pela diretora licenciada, Edla Barreto, que foi candidata a vereadora na coligação de Pudim. Junto com os kits foram encontradas diversas cestas de alimentos."
(Roberto Moraes - 2004)

"Pocotó, pocotó, pocotó...

O nível da campanha na cidade está cada dia mais baixo, especialmente entre o pessoal que faz o trabalho de militância nas ruas. Enquanto os partidários de Pudim fazem acusação de corrupção, os partidários de Campista hoje no centro da cidade cantavam uma paródia da musiquinha eguinha pocotó e entoavam: "garotinho e silveirinha eles nunca saem só, quandos saem para roubar levam a rosinha pocotó, pocotó, pocotó, pocotó..."
(Roberto Moraes - 2004)

"Batom na cueca

A notícia da apreensão de 238 cheques cheques-cidadão na casa de um candidato a vereador pela coligação de Pudim no Fundão, acompanhados de títulos de eleitor e lista de documentos dos beneficiários, talvez seja a mais significativa prova de abuso de poder econômico e ilegalidade nestas eleições. Pelo que se sabe o Sr. Cosme não é servidor público e como tal não poderia estar de posse de um documento oficial de governo junto com títulos de eleitor de beneficiários. A tentativa de explicar a posse dos cheques e dos títulos é tanto inverossímil quanto o batom na cueca, talvez seja por isso que o cidadão preso alegou que só falará em juízo. Aliás, ainda sobre o cheque-cidadão, ouve-se falar que a determinação de proibição dos supermercados de aceitarem o mesmo, dado pela juíza, estaria sendo ludibriado por alguns comerciantes que estão emitindo outro documento rubricado para o portador do cheque-cidadão apresentar no caixa do supermercado."
(Roberto Moraes - 2004)

"Batom na cueca II

Garotinho ocupou durante mais de três horas o microfone da Rádio Litoral tentando se defender e também o seu partido, o PMDB, do envolvimento na possível compra de votos, que estaria sendo feito com os mais de R$ 200 mil apreendidos em dinheiro vivo na sede do partido em Campos. Garotinho acusou a justiça eleitoral de ter cometido uma ilegalidade com o dinheiro que segundo ele era legar e certinho. Ao entrevistar aliados no estúdio, diversos deles fizeram menção ao "nosso adversário o 12". Entre eles Hervê que foi candidato a vereador que depois de ser indagado por Garotinho, através de uma pergunta que o próprio Garotinho respondeu, sobre a apreeensão do dinheiro do rendimento de seu hortifruti, Hervê acabou por discordar de Garotinho, dizendo que R$ 5.000,00 era mesmo para o pessoal dele e acabou dizendo que apenas R$ 6.900,00 era do seu comércio e disse: "isto é coisa do 12 nosso adversário". Por último, Hervê falou que o mesmo teria ocorrido com Bita outro candidato a vereador que teve dinheiro apreendido do seu comércio. Estranho que este pessoal saia do seus negócios com todo este dinheiro vivo para ir à sede do partido que apóiam, só falta agora dizer que tinham ido levar uma colaboração financeira para a campanha de Pudim. Estranho também é Garotinho poder usar os microfones de uma rádio assumindo o controle do programa na véspera da eleição, sem ser entrevistado e sim com o controle dos microfones falando à vontade e externando abertamente a defesa de uma candidatura."
(Roberto Moraes - 2004)

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